Esta lista vai mostrar instrumentos que eram utilizados para provocar o medo, infligir a dor, ou até causar a morte. Todos as peças são originais! Portanto, aos que ainda não conhecem ou não viram os instrumentos de tortura e execução
abaixo, aconselho cautela! Aos que se sentem ofendidos, agredidos ou
abalados com os instrumentos abaixo, sugiro que ignorem este post.
1- Roda Alta
A roda alta era
reservada aos criminosos responsáveis por delitos contra a ordem
pública. Era um suplício duplo: o réu era colocado nu, deitado no chão,
com os pés e as mãos fixados em anéis de ferro. Sob seus ombros,
cotovelos, joelhos e tornozelos, eram colocados robustos pedaços de
madeira. Então, o carrasco, com a roda, despedaçava-lhe todos os ossos,
esmagando as juntas, mas evitando ferimentos mortais. Na segunda parte, o
corpo da vítima era dobrado sobre si mesmo e colocado em cima de uma
roda de carroça, sobre uma estaca, e ali deixado por vários dias até
morrer.
2- Viola das Comadres
A viola das comadres
existia em vários modelos, mas a sua destinação era sempre a mesma: era
usado no confronto daquelas senhoras que tivessem feito um escândalo ou
dito fofocas. Outras variações deste instrumentos punitivo, eram
reservadas às mulheres
que se batiam em público (neste caso eram fechadas em uma única viola e
obrigadas a “conviver” por um dia inteiro), além das moças que
engravidassem antes de se casar. Neste caso, eram usadas as “tranças de
palha”, que as infames eram obrigadas a usar na frente das portas das
principais igrejas, nos dias de festa.
3- Açoite
O açoite é um castigo
conhecido e utilizado desde os tempos mais remotos. No período medieval,
era reservado principalmente aos vagabundos e mendicantes, mas não eram
excluídas as mulheres infieis ou consideradas despudoradas. No período
medieval, era usado o flagelo em forma de estrela, aqui apresentado como
açoite de ferro. Havia também outro modelo conhecido como “gato de nove
rabos”, de efeito atroz. Este, de fato, servia para tirar a pele das
costas e do abdômen e, para aumentar o seu efeito, as cordas eram
banhadas em uma solução de salmoura.
4- Cavalete
No cavalete, o
condenado era colocado deitado com as costas sobre o bloco de madeira
com a borda cortante, as mãos fixadas em dois furos e os pés em anéis de
ferro. Nesta posição, era procedido o suplício da água. O carrasco,
mantendo fechadas as narinas da vítima, introduzia na sua boca uma
enorme quantidade de água: dada a posição, o infeliz corria o risco de
sufocar, mas o pior era quando o carrasco e os seus ajudantes pulavam
sobre o ventre, provocando a saída da água, então, se repetia a
operação, até ao rompimento de vasos sanguíneos internos, com uma
inevitável hemorragia.
5- Berlinda
A berlinda existia nos locais de mercado e feiras, ou na entrada das cidades. Era um instrumento considerado obrigatório na Idade Média,
em quase todas as regiões da Europa. Este e outros instrumentos, fazem
parte de uma série de punições corporais, que deviam constituir um
exemplo para os outros. Era reservada aos mentirosos, ladrões, beberrões
e às mulheres briguentas. Era um castigo considerado leve, mas quase
sempre a pena virava suplício e tortura quando a vítima (pescoço e
braços imobilizados na trave) levava comumente tapas e/ou era insultada
pelo povo.
6- Algemas
As algemas da época dos
antigos egípcios, eram instrumentos utilizados para agrilhoar escravos e
condenados. As de madeira, serviam para a transferência de
prisioneiros, impedindo, assim, que fugissem. As de ferro, além do uso
acima, eram também utilizadas para pendurar as vítimas nos muros das
prisões, criando condições de imobilidade que levavam, muitas vezes, à
loucura.
7- Balcão de Estiramento
O suplício do balcão de estiramento, era utilizado comumente já no tempo
dos egípcios e babilônios. A vítima era colocada deitada sobre um banco
e tinha os pés fixados em dois anéis. Os braços eram puxados para trás e
presos com uma corda acionada por uma alavanca. Assim começava o
estiramento que, imediatamente, deslocava os ombros e as articulações do
condenado, seguido pelo desmembramento da coluna vertebral e, então,
pelo rompimento dos músculos e articulações. Antes desses efeitos
mortais, porém, o corpo se alongava até trinta centímetros.
8- O Despertador
O despertador foi
idealizado pelo italiano Ippolito Marsili, e deveria marcar uma mudança
decisiva na história da tortura. Seria um sistema capaz de obter
confissões, sem infligir crueldade ao corpo humano. Não se quebrava
nenhum osso. Consistia o aparelho em deixar o condenado acordado o maior
espaço de tempo possível. Definido no início como tortura não cruel,
diante da Inquisição
teve muitas variações, até chegar ao procedimento absurdo de se amarrar
as vítimas, suspendê-las e deixá-las cair com todo o peso do corpo
contra o ânus e as partes sexuais mais sensíveis.
9- Esmaga-Seios
No século XV, as bruxas e a magia
estavam em evidência. As crenças populares nesse campo eram tão
enraizadas, que foi muito ativo o comércio do “óleo santo”, cinzas,
sangue de morcego e similares. Então, as bruxas e os bruxos passaram a
ser considerados “hereges”. O esmaga-seios, aquecido em
brasa, fazia parte dos instrumentos empregados contra as bruxas. Na
Franca e na Alemanha, esse instrumento tinha o nome de tarântula, ou
aranha espanhola. Com ele se despedaçava o peito das meninas-mães ou das
culpadas de aborto voluntário.
10- Guilhotina
A Revolução Francesa apagou os rastros da tortura, mas deixou de pé o patíbulo. O inventor da guilhotina
foi o filantropo Dr. Ignace Guillotin. A Assembléia sancionou uma lei,
em 3 de julho de 1791, pela qual “todas as pessoas condenadas à morte
terão a cabeça cortada”. Um ano depois, iniciou-se a utilização da
guilhotina. Depois de diversas experiências com cadáveres, morreu
decapitado o condenado por nome Nícola Pelletieri, e o carrasco foi
Charles Sansom, o mesmo que, em seguida, decapitaria o rei da França,
Luis XVI.
11- Empalador
A tortura do empalador
está entre os suplícios mais ferozes e bárbaros. Provavelmente é
através dos turcos que sua triste utilização difundiu-se na Europa
Medieval. Era uma punição geralmente imposta aos prisioneiros capturados
com armas
nas mãos. As vítimas eram, primeiramente, desnudadas e, então,
literalmente enfiadas de baixo para cima numa estaca pontiaguda. Em
similiar posição, eram deixadas sobre os muros aos castelos invadidos,
ou em frente às fortalezas assediadas. Atroz era a agonia dos infelizes
que sobreviviam por diversos dias até a morte por hemorragia.
12- Cócegas Espanholas
Similar a um garfo encurvado, as cócegas espanholas
eram usadas para fazer “cócegas” no inquirido, em todas as partes do
seu corpo. O instrumento acaba deixando marcas permanentes no corpo do
torturado. Era usado na Península Ibérica, de 1300 a 1700. Servia,
também, para arrastar as vítimas em frente aos tribunais, sem tocá-los
com as mãos. Grande parte dos prisioneiros eram sujos, com doenças e infecções.
13- Esmaga-Polegar
O esmaga-polegar era um instrumento usado como alternativa às principais torturas,
ou um tipo de amedontramento, antes de começarem as próprias. O acusado
sofria a mutilação do polegar simplesmente com o aperto do parafuso.
Usado na Alemanha e na Itália do Norte entre 1300 e 1700, esse método
muito doloroso servia para obter delações, informações ou confissões de
delitos, muitas vezes não cometidos.
14- Roda do Despedaçamento
A roda do despedaçamento
produzia um sistema de morte horrível. O réu era amarrado com as costas
na parte externa da roda. Sob ela colocavam-se brasas, e o carrasco,
girando a roda cheia de pontas, fazia com que o condenado morresse
praticamente assado. Em outros casos, no lugar de brasas se colocavam
instrumentos pontudos, de maneira que o corpo ia sendo dilacerado à
medida que se movimentava a roda. Esteve em uso na Inglaterra, Holanda e
Alemanha, no período de 1100 a 1700.
15- Esmaga-Joelhos
O esmaga-joelhos era
colocado na perna da vítima, na altura do joelho, e apertado até que as
pontas penetrassem na carne, estraçalhando a rótula. O exercício era
repetido várias vezes, o que causava inutilização permanente da perna.
Era uma tortura aplicada na Ásia, principalmente no Sião, até o século
XIX. Era utilizada contra ladrões e estelionatários. Para os assassinos, depois da tontura, vinha a morte por decapitação.
16- Empalador ao Contrário
O empalador ao contrário
é considerado ainda pior do que o empalador original. Foi usado pelos
turcos de “Solimão, o Magnífico”, na conquista da Europa Oriental. Foi
usado, também, na Iugoslávia, Romênia, Hungria e Bulgária. A morte era
terrificante e lenta, porque não chegava até que a estaca atingisse a
garganta, porquanto o sangramento (uma vez que a vítima estava de cabeça
para baixo) era muito lento.
17- Serrote
O serrote era um
instrumento de execução. O condenado era suspenso pelos pés e, então, o
carrasco iniciava a operação de serrá-lo de cima para baixo. O motivo
desta posição era assegurar uma oxigenação do cérebro e impedir que o
sangramento fosse muito forte e rápido. Assim, a vítima não perdia a
consciência até que o serrote chegasse no umbigo. A esta morte cruel
foram condenados todos os oficiais franceses capturados pelos espanhóis
na campanha de Napoleão pela conquista da Península Ibérica, em 1807. No
final da guerra, a vingança francesa foi muito brutal.
18- Forquilha do Herege
Ao herege era reservado um tratamento
diferente daquele dado aos condenados comuns, visto que o objetivo da
penitência era a sua alma, ainda que no momento da morte. A Inquisição
espanhola representava a fase aguda do processo acusatório contra as
heresias. A forquilha do herege era colocada no tórax e
embaixo do queixo do condenado, e com uma cinta de couro era apertada
contra o pescoço, fazendo com que as pontas penetrassem na carne. Não
era usada para obter confissões, mas como uma penitência empregada antes
da execução do condenado.
19- Cadeira Inquisitória Menor
A cadeira inquisitória menor era
usada na Europa Central, especialmente em Nuremberg e em Fegensburg,
até 1846, durante os procedimentos judiciais. O inquirido apoiava todo o
seu peso sobre o assento, que era colocado em posição inclinada para a
frente. Com o passar das horas, a posição incômoda
tornava-se muito dolorosa, pelo efeito das agulhas nos braços e nas
costas. Em outras variações, a cadeira, muitas vezes de ferro, podia ser
aquecida – sobre cujas pontas incandescentes tinha de sentar o
condenado.
20- O Machado
O machado talvez seja o
mais antigo instrumento de suplício capital. É conhecido em todos as
partes do mundo. A execução pelo machado era reservada aos condenados
nobres, enquanto os plebeus eram supliciados por instrumentos que
comportavam longas agonias antes da morte. Pelo machado foi decapitado
Jacques D’armagnac, duque de Nemours, condenado em 1477 pelo Parlamento
por crime de lesa-majestade, em Paris. Os filhos dele foram condenados a
ficar sob o palco de execução para serem banhados pelo sangue do pai.
21- Virgem de Nuremberg
A ideia de se mecanizar a tortura nasceu na Alemanha, e ali originou-se a virgem de Nuremberg.
Foi chamada assim porque o seu protótipo foi construído no subterrâneo
do tribunal daquela cidade. A primeira execução de que se tem notícia
foi realizada em 1515. Diz-se que a pena foi aplicada a um falsário que
permaneceu no interior da Virgem entre espasmos atrozes durante três
dias. As lâminas eram móveis e postas em posição tal que não podiam
matar imediatamente o condenado. Somente o feria gravemente, fazendo com
que morresse de hemorragia.
22- Cadeira Inquisitória
A cadeira inquisitória
era instrumento essencial em interrogatórios na Europa Central,
especialmente em Nuremberg, até o ano 1846. O réu sentava-se nu, e, com o
mínimo movimento, as agulhas penetravam-lhe o corpo, provocando efeitos
terríveis. Em outras versões, a cadeira apresentava assento de ferro,
que podia ser aquecido até ficar em brasa. A cadeira do retrato foi
encontrada no castelo San Leo, na Itália. Nele morreu o célebre mago
Cagliostro, que conquistou todas as cortes da Europa. A cadeira tem
1.606 pontas de madeira e 23 de ferro.
23- Cinto de Castidade
O cinto de castidade masculino
é menos famosos do que o feminino, e era usado por servos que serviam
nos castelos. Servia para impedir estupros, os quais podiam ter, como
alvo, não só as mulheres em geral, moradoras dos castelos, como também
as esposas das senhoras feudais. Foi muito usado na baixa Idade Média,
época da decadência da nobreza, na Itália, França e Península Ibérica.
24- Garrote
O garrote foi
instrumento de pena capital usado na Espanha até a morte de Franco. A
última execução foi em 1975. O instrumento servia para estrangulamento
dos condenados e era “o golpe de misericórdia” para os condenados à
fogueira. Os católicos que pediam para morrer alcançavam o privilégio de
serem sufocados primeiro. Os que declaravam querer morrer pelo judaísmo
ou por outra religião eram conduzidos vivos à fogueira. No garrote, a
vítima sentava-se de costas no banquinho de madeira, com o pescoço
encostado ao poste. Uma presilha e um parafuso sufocavam-no.
25- Açoite de Ferro
O açoite de ferro era
utilizado em sessões de tortura, desde o período romano, sob o nome de
flagelo. Também era utilizado na guerra. Na Idade Média, os cavaleiros,
com esta arma, golpeavam os cavalos adversários ou procuravam desarmar
da espada os outros cavaleiros. No final da batalha, esta bola de ferro
era usada para matar inimigos feridos. Juntamente com a espada e a
lança, usavam-na também nos torneios.
26- Flauta do Bagunceiro
A flauta do bagunceiro
era um instrumento de ferro, de provável origem holandesa, conhecido já
no século XVII, segundo representações de algumas gravuras da época. Não
propriamente um objeto de tortura, mas usado nesse sentido para expor
os culpados de reatos menores (brigas, pertubarção da ordem, blasfêmias,
etc.) à zombaria pública. Era, além disso, usado por aqueles que
atrapalhavam as funções religiosas e até mesmo para punir músicos em más
execuções.
27- Apetrechos de Mutilação
Os apetrechos de mutilação
eram pinças e alicates e estavam sempre presentes na lista dos
instrumentos de tortura dos carrascos da Idade Média. Eram usados a frio
ou em estado incandescente e provocavam dores fortíssimas e mutilações.
As pinças eram usadas principalmente para a ponta dos seios, unhas ou
para extrair pedaços de carne. Os alicates tubulares eram usados para a
castração. Também se usava marcar o rosto dos ébrios, vagabundos,
ciganos e blasfemadores com um ferro em brasa, deixando uma marca
irremovível.
28- Mesa de Evisceração
Chamava-se de mesa de evisceração,
ou de esquartejamento manual. Nesse instrumento, o condenado era
colocado deitado, preso pelas juntas e eviscerado vivo pelo carrasco. O
carrasco abria-lhe o estômago com uma lâmina, prendia com pequenos
ganchos as vísceras e, com a roda, lentamente ia puxando os ganchos. Os
órgãos iam saindo do corpo da vítima durante horas, até que chegasse a
morte. Alguns condenados permaneciam vivos durante dias depois de
eviscerados, pois o carrasco tinha a habilidade de extrair das vítimas
os órgãos não-vitais.
29- Esmaga-Cabeças
O esmaga-cabeças esteve
em uso, ao que parece, na Alemanha do Norte, e gozava de certa
preferência. O se funcionamento é tão simples quanto cruel. Colocava-se a
cabeça do condenado com o queixo sobre a barra inferior, e com o
rosqueamento a cabeça ia sendo esmagada. Primeiro, despedaçava os
alvéolos dentais, as mandíbulas, e então a massa cerebral saía pela
caixa craniana. Mas com o passar do tempo esse instrumento perdeu a sua
função de matar e assumiu o papel de tortura do inquisidor.
30- Caixinha para as Mãos
A caixinha para as mãos
era usada como punição aos furtos leves praticados por domésticos.
Também foi empregada como meio de punição pelos tribunais do século
XVIII, para penalizar pequenos furtos. Prendendo geralmente a mão
direita, esta era ferida com pregos. Além das dores do momento, o
condenado ficava com a mão inutilizada. Depois era liberado. A marca nas
mãos podia servir de exemplo para outros ladrões.
Fonte: História Digital
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